Gaming disorder : Como o vício em games pode afetar à saúde
Por Barbara Rolfini

Augusto Figueredo, jogando uma partida de League of Legends.
Reprodução/Arquivo pessoal
O vício em games é um hábito que afeta o comportamento do indivíduo que faz com que as pessoas deixem de realizar suas atividades importantes e essenciais para ficarem jogando.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vício em games foi reconhecido oficialmente como “gaming disorder” (ou desordem de games, em português) em 2018, com “padrão de comportamento persistente ou recorrente”, desse modo podendo “resultar em comprometimento significativo nas áreas de funcionamento pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou outras”.
Características que definem o vício:
Segundo a OMS, uma pessoa é considerada viciada em games ao apresentar:
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Falta de controle sobre o jogo (seja frequência, seja intensidade, seja duração);
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Prioriza sempre os jogos em relação a outros interesses da vida e atividades diárias;
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Continuação ou até escalada do ato de jogar, apesar de consequências negativas;
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O padrão de comportamento é de gravidade suficiente para resultar em prejuízo significativo em áreas pessoais, familiares, sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas importantes de funcionamento.
O que pode ser considerado vício?
Conforme as características divulgadas pela OMS, quando uma pessoa deixa de realizar atividades essenciais como higiene pessoal, alimentar-se, dormir, estudar, trabalhar ou até se isolar para jogar, é um sinal de vício.
Augusto Figueredo, 22 anos, diz que sua primeira experiência com console foi aos 10 anos de idade, quando chegou a faltar por uma semana na escola por querer ‘’zerar um jogo’’. Segundo o entrevistado, o mesmo passou mais de 15 horas jogando na frente do computador, deixando de fazer suas necessidades, até se alimentar, além de ter gasto uma grande quantia em dinheiro investindo em jogos. Augusto hoje recuperado, após um diagnóstico de ansiedade em sua adolescência, compreende o malefício causado pelo excesso do jogo e afirma que apenas utiliza para diversão.
Baseado nessa matéria, realizamos uma pesquisa com o intuito de mensurar o pensamento do público sobre vício em games. Conforme dados apurados, cerca de 64% dos entrevistados são homens e 36% mulheres, com idade entre 17 a 42 anos. Já 81% acreditam que os jogos estimulam a violência e por fim, 80% não se consideram viciados.
*Os dados foram arrendondados no texto*
Em média quanto tempo costumam jogar:

Acha que os jogos estimulam a violência:

Se considera viciado em jogos:

De qualquer forma, há um lado positivo nos games, eles possuem a capacidade de estimular autoconfiança, autonomia e até mesmo raciocínio lógico. Vale ressaltar que jogar com responsabilidade pode, proporcionar uma experiência divertida.
https://canaltech.com.br/comportamento/vicio-em-videogames-agora-e-uma-doenca-classifica-oms-116190/
Reprodução/Agência Aspas
Reprodução/Agência Aspas
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